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GESTÃO DA QUALIDADE NO SETOR ALIMENTÍCIO

Atualizado: 19 de jul. de 2022

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“ A Proteste (associação de defesa do consumidor), encontrou três pelos de rato em uma amostra de ketchup durante os testes de qualidade. Em comunicado, a associação afirmou que o material encontrado indica problemas “graves de higiene, além da falta de cuidados mínimos para a fabricação ou acondicionamento”. Publicado em 10/03/2013.




Bem, como podemos observar acima este foi mais um caso onde normas de qualidade não foram cumpridas. Este não é um caso raro, controlar e gerir um sistema de qualidade no setor alimentício requer muito treinamento, aprimoramento e comprometimento de todo o corpo fabril.


Mas, para podermos apontar requisitos de um Sistema de gestão de qualidade, primeiro precisamos entender O QUE É QUALIDADE? Qualidade, para a ISO (International Standardization Organization), é a adequação e conformidade dos requisitos que a própria norma e os clientes estabelecem.


E qual norma é essa? A ISO 9000 é um conjunto de normas técnicas que regulamentam um modelo de gestão da qualidade, podendo ser aplicada em empresas de qualquer segmento. Porém, para um melhor controle e para um olhar com maior precisão para o processo, temos a ISO 9001:2015, este que é um sistema de gestão da qualidade (SGQ) e tem o objetivo de garantir a otimização de processos, maior agilidade no desenvolvimento de produtos e produção mais ágil a fim de satisfazer os clientes e as normas.

Vamos entender a evolução das eras da qualidade:

1 - A “ Primeira Era “ podemos defini-la como a era da INSPEÇÃO. Onde, a qualidade era inspecionada após a fabricação. Ou seja, tinha um padrão e ao chegar ao fim deste processo de fabricação se produto não enquadrasse ao padrão seria DESCARTADO caso contrário COMERCIALIZADO. Produto final definido por COMPARAÇÃO.

2 - A “ Segunda Era “ podemos defini-la como a era da ESTATÍSTICA. Pois bem, na era anterior o método de COMPARAÇÃO não era tão eficaz, pois a cada produto reprovado no FIM da fabricação era o mesmo que aumentar a tabela de custos, concorda?! Já nessa segunda era evoluiu-se para o entendimento do erro, como simples, através de padrões estatísticos e matemáticos. Uso de limites e falhas Fabricação Produto final definido por INSPEÇÃO e CONTROLE.


3- A “ Terceira Era “ podemos defini-la como a era do PLANEJAMENTO. Seguindo a mesma linha de raciocínio da segunda era, onde vamos avaliar nosso processo antes da inspeção final. Para uma melhor garantia de um produto final e amortização de custos com retrabalhos, implementaremos o PLANEJAR antes de começar a produzir. O PLANEJAR também envolve: Treinamentos, Melhorias, Avaliações, Cálculo de Custos e Eficiência. Fabricação Produto final definido por INSPEÇÃO e CONTROLE.

4 – A “ Quarta era “, enfim definida pela era da QUALIDADE TOTAL. Aprimorando todas as eras dentro de um só conceito chegamos a era da qualidade total, onde uma maior globalização é feita para que se possa não só atender as necessidades do cliente, mas sim de toda cadeia produtiva.

Então entende-se que: QUALIDADE (=) DIFERENCIAL COMPETITIVO

O que ela Busca nessa ERA:

  • Satisfação, e satisfação de quem?

  • Fornecedores

  • Colaboradores

  • Clientes

  • Fabricação

  • Produto final definido por INSPEÇÃO e CONTROLE.


Mas não paramos por ai, com o avanço das tecnologias e a implementação de um novo cenário total da Industrial 4.0, o sistema de qualidade também ira sofrer alterações. A Qualidade 4.0 é um sonho de qualquer gestor, pois sua principal ênfase é trabalhar de maneira proativa e não como nosso sistema atual trabalha que é de forma reativa, o que ainda gera altos custos.


Olhando todo esse cenário de evolução, a nossa Gestora e CEO Juliana realizou um estudo mais aprimorado desse futuro tão próximo, e traz a vocês, “O papel da qualidade na próxima era“. Cada vez mais a Qualidade se aproximará da estratégia da empresa. Por conseguinte, conforme atividades manuais forem sendo extintas do sistema, mais será exigido do profissional da qualidade.


Com o altíssimo nível de automação e da integração das informações que serão coletadas, o conhecimento e a capacidade de tomar boas decisões tende a ser, o Futuro da gestão da Qualidade, ou seja, o caminho para 5ª Era da Qualidade. E isso quer dizer que o engajamento das pessoas é sim responsabilidade de quem trabalha com Qualidade!

Cliente - Fornecedor - Colaboradores

Então compete aos profissionais da qualidade andarem juntamente com a alta direção provocando questionamentos e recomendações para o alinhar objetivos da organização com a estratégia de atendimento e crescimento, eliminando os custos que não agregam valor. Ao profissional da área a negociação e poder de influência em todas as camadas da organização, a começar pelo topo, será cada vez mais comum.

Enquanto essa era se enquadra, mostramos abaixo como hoje é implementado o SGQ:

Feigenbaum apresentou o conceito de Controle da Qualidade Total (Total Quality Control) que abordava dois objetivos principais:


1 FOCO NOS REQUISITOS DO CLIENTE
2- CRIAÇÃO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE.

Legal, agora sim chegamos ao ponto principal de nossa interação. “ SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE”, como já dito pode ser implementado em qualquer sistema que queira e vise a melhoria, mas como nosso foco principal aqui é o setor alimentício iremos ver como se cria esse sistema. Dado que o cliente é ponto de partida de qualquer organização.

A qualidade dos produtos e serviços de uma organização estão relacionadas com os requisitos dos clientes, isto é, suas necessidades e interesses. Visto e entendido que o cliente é o centro da organização, Já não é suficiente que o produto seja entregue sem defeitos, mas sim que ele atenda às necessidades do comprador.


Como é controlado todo esse processo?

Os colaboradores anualmente recebem treinamentos específicos para sua área, porém alguns requisitos precisam ser aplicados de forma universal para este ramo alimentar. Requisitos como HACCP (Sistema de Análise de Perigos e Controle de Pontos Críticos (HACCP) tem na sua base uma metodologia preventiva, com o objetivo de poder evitar potenciais riscos que podem causar danos aos consumidores, através da eliminação ou redução de perigos) e também o carro chefe para o setor da alimentação o BPF: as boas práticas de fabricação englobam um conjunto de medidas que devem ser aplicadas em toda a cadeia produtiva de alimentos com o intuito de garantir a segurança sob o ponto de vista das condições de higiene.

O Sistema de Gestão da Qualidade no setor da alimentação conta com vários tipos de ferramentas para o controle, passam por rigorosas auditorias externas e internas, são desenvolvidos mecanismos como rastreabilidade, especificações de fabricação, especificações de recebimentos de matérias-primas, certificação e homologação de fornecedores tudo isso visando entregar um produto de extrema garantia ao cliente.


Para mais conteúdos confira o blog da Onzi Consultoria em: https://www.onziconsultoria.com.br/blog


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Texto desenvolvido em parceria com Jasiel Pereira, partner da ONZI consultoria e gestão empresarial.

Gestor da Qualidade, Técnico em química, com experiência na área de alimentos.



 
 
 

1 comentário


Nathalia Pacheco
Nathalia Pacheco
21 de jul. de 2022

👏👏

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