Você sabia que o mercado de Carbono no Brasil, ainda não é regulamentado?
- Onzi Consultoria
- 5 de jun. de 2023
- 2 min de leitura
NESTE ARTIGO VAMOS FALAR SOBRE UM DOS CAMINHOS PARA SE PREPARAR PARA A REGULAMENTAÇÃO DO MERCADO

Atualmente, no Brasil, o mercado de carbono é voluntário, ou seja, um sistema de compra e venda de créditos de carbono, no qual não existe a obrigação legal de remoção ou redução dos gases do efeito estufa (GEE). Esse modelo é aderido por empresas interessadas primeiramente em fortalecer sua imagem e seu compromisso ambiental, sem estarem propriamente vinculadas a quaisquer normas nacionais ou internacionais.
No entanto, tramitam no Senado Federal projetos de lei que regulamentam esse mercado, e no geral, são fortemente baseados no modelo de mercado europeu. E como funciona o mercado de carbono europeu? Na União Europeia existe um limite de emissão de GEE, para cada tonelada de carbono equivalente, a empresa recebe um título. Se a empresa emitir menos GEE do que o permitido, ela pode vender esses títulos, porém, se emitir mais, a empresa deve comprar os títulos para suprir as emissões extras. Nesse formato, o custo da emissão de carbono é regido pelas leis de oferta e demanda, e vem se comportando de forma ascendente (Imagem 1).

Imagem 1: O valor dos títulos de emissão negociadas no EU ETS aumentou de € 8 por tonelada de CO2 equivalente no início de 2018 para entorno de € 60. Fonte: European Central Bank.
Diante disso, avaliando o cenário europeu, empresas que se antecipam na adequação das emissões tem vantagem, considerando a compra de títulos com valores menores ou ainda pela valorização de títulos antecipadamente emitidos. Como preparar sua empresa para a regulamentação do mercado de carbono? Um dos caminhos para a preparação da regulamentação do mercado é aliar o diagnóstico de emissões de GEE com uso de metodologias já reconhecidas.
Assim, primeiramente a empresa precisa saber qual é sua situação atual e para isso é realizado um levantamento das emissões de GEE, que futuramente servirá como base para as reduções planejadas. As emissão são normalmente classificadas como diretas e indiretas e envolvem, por exemplo, o deslocamento do funcionário até a empresa, o uso de energia elétrica e a reciclagem de materiais.
Ao contrário do que muitos acham, a emissão não está apenas relacionada com a emissão literal dos GEE na atmosfera. Além disso, a empresa assim como emite pode também estar fazendo algum tipo de captação de GEE, o que vai reduzir suas emissões. Isso salienta a importância de realizar o levantamento inicial de emissões.
Nem sempre, a empresa emite mais do que captura, apenas o inventário mostrará isso. Os passos seguintes envolvem o projeto que vai definir a meta de redução da empresa, a implementação e a checagem da redução pretendida. Para esses últimos passos, podem ser aplicados padrões de gestão. Apesar de ser um tema extremamente novo, já existem diretrizes internacionais sobre o tema que auxiliam a preparação e padronização de métodos e documentação.
Se você quiser saber mais, pode solicitar uma visita da Onzi Consultoria, nós preparamos uma metodologia para que as empresas possam estar prontas quando o mercado de carbono for regulamentado no Brasil.
Fontes:
Escrito por: Catusa De Marco e Caren Menezes consultoras associadas da Onzi





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